sábado, 5 de abril de 2014





COQUEIRAL


Lembro das tuas praças
Dentro das madrugadas
Meninos ouvindo novas canções
No passeio da igreja matriz.

Lembro dos quintais do Zé Naca e da Dona Filomena
Dos causos do Seu Zé Moiséis
Na venda do Tonico Izá.

Lembro da folia de reis
Na casa do Sô Ico e Dona Geralda
Das peladas na Pedro Botelho:
Adális, Diúca, Berg ,Vaninho...


Lembro dos santinhos do Padre Romeu
Do terreiro da Vó Dilina
Dos pés inchados do Tamiro
Do caminhãozinho do Seu Messias:
“Vai com Deus Dorvalino”

Lembro da venda do Sô Clide
Da “padaria” do Sô Cristiano
Da Pharmácia do Sormino
Da “Prestimosa” e da Venda do Antenor.

Lembro do Pingão
Do Bar do Onésio, do Joaquim Carioca
Do cinema do Joaquim Dangue
Da boate do Paulo Menezes.

Lembro dos torneios de jogos de botão
No alpendre das casas do Ismael Luís
Do Vô Akl, da Dona Selma...
Do jogo de bolinhas de gude
No chão batido da Duque de Caxias
Das peladas na “graminha”...

Lembro
Das galinhas roubadas no terreiro do Sêo Antonio Novato
Da brabeza da dona Fofota
Das broas gostosas da Dair
Do corte de cabelo no Duca.

Lembro de Dona Mariana e Sêo Mandú
Do Pitanga e do Gigico
Do Jeep do Becão
Da pastelaria do Joaquim Lima.

Lembro do fogão de lenha
Das melodias vindas lá do quintal.
Das lavadeiras no corginho do Idone:
“Cabelo loiro vai lá em casa passear/Vai, vai cabelo loiro/Vai cabar de me matar”

Ah!  Coqueiral.
Da Pedro Botelho, Duque de Caxias, Treze de maio,
 Pedro Álvares Cabral, Rozendo Batista Pereira,
ruas de terra, poeira e saudades.
Ruas de sonhos, fantasias e VIDA!

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